sexta-feira, 17 de abril de 2015

O incêndio, o rescaldo e os resíduos, artigo de Beatriz Carvalho Diniz


incêndio na Ultracargo
Foto: Bombeiros do Estado de São Paulo/ ABr

[EcoDebate] Durou 9 dias o incêndio na Ultracargo [na área industrial da Alemoa, em Santos]. Os impactos ambientais e sociais começaram a ser noticiados quando completou 1 semana. Peixes morrendo, combustível vazado, fumaça, fumaça, fumaça, chuva ácida se chover. A empresa foi multada em 22 milhões de reais e terá de cumprir 5 exigências, entre elas a revisão de seu Plano de Ação de Emergência e de seu Plano de Gerenciamento de Riscos. As dificuldades para apagar o fogaréu indicam como a empresa deveria lidar com riscos para evitar a ocorrência, para não alastrar, para conter e para se relacionar com moradores, órgãos e imprensa. E a conduta protagonista seria o adequado pela gravidade da situação e pela grandeza dos impactos negativos, com prejuízos econômicos, ambientais e sociais que, no final das contas, são compartilhados com a sociedade.
O Brasil tem uma bela e avançada legislação ambiental. Quando ouvimos ôtoridades ou empresários reclamando de licenciamento, estudos de impactos, planos de gestão de riscos e programas de ações preventivas, e vemos um desastre como o incêndio nos tanques de combustíveis da Ultracargo, fica fácil entender que estão errados. O plano para gerenciamento de riscos, com análises quantitativa e qualitativa, com classificação de riscos aceitáveis e não aceitáveis, e um programa de prevenção e controle de acidentes são instrumentos que dariam à empresa as condições de seus gestores terem conduta protagonista antes, durante e depois de um desastre ambiental.
Mas, não basta ter um instrumento de gestão ambiental robusto na teoria, tem que manter atualizado e tem que pôr para funcionar no cotidiano da empresa e na precisão. E estando atualizado e sendo executado, moradores do entorno sabem o que fazer em diferentes situações, pois são treinados previamente. Possíveis impactos são anunciados para a imprensa, junto com orientações básicas de segurança, com a transparência que, pela confiança, anula crises e dispersa alarmes falsos ou sensacionalismos.
Consultamos no site da Ultracargo a seção sobre seus programas, normas e certificações. Entre os programas está o EPA [Examine, Planeja e Aja], que “tem o objetivo de eliminar as situações de risco, estimulando o planejamento adequado à tarefa, garantindo que as atividades de rotina sejam efetuadas com fundamentos de segurança.”, e ponto final. Informações sobre ações executadas ou previstas no programa? Orientações? Tem não… Considerando a periculosidade do negócio, o site deveria ser um canal dinâmico de comunicação com stakeholders, porém, não é aproveitado pela empresa para gerar valor.
A comunicação reflete a gestão de uma empresa, e a gestão determina sua reputação. Apagado o incêndio, o rescaldo cabe aos moradores. É importante que conheçam o plano de gerenciamento de riscos, as ações dos programas, que peçam diálogos efetivos. E se a Ultracargo não apresentou ainda, então, taí a oportunidade. Aliás, essa recomendação serve para qualquer pessoa que more perto de uma indústria, de um complexo industrial, e as associações de moradores e os vereadores podem, e devem, ajudar para que a sociedade tenha acesso e compreensão sobre riscos, responsabilidades e a importância de dialogar.
E é bom ficar de olho no que restou. Outra exigência, importantíssima, é relativa aos de resíduos gerados no incêndio, a empresa vai ter que apresentar um plano específico antes da remoção deles. O local de disposição tem que ser aprovado. Essa operação requer um Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental. Sabe por que? Para evitar mais problemas, para proteger o ambiente em que vivemos e do qual tiramos tudo que precisamos, ou seja, para o seu bem estar.
Segue o link para você conferir os motivos da multa e as ações que a Ultracargo deve cumprir, anunciados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) na quarta 15/04 [matéria do G1 – Cetesb multa Ultracargo em R$ 22,5 milhões após incêndio em Santos] inhttp://glo.bo/1FTCUlF
Beatriz Carvalho Diniz, Consultora de Comunicação e Sustentabilidade. Criativa de Eco Lógico Sustentabilidade, conteúdo produzido com amor, sem fins lucrativos, desde 2009.
Publicado no Portal EcoDebate, 17/04/2015
"O incêndio, o rescaldo e os resíduos, artigo de Beatriz Carvalho Diniz," in Portal EcoDebate, 17/04/2015, http://www.ecodebate.com.br/2015/04/17/o-incendio-o-rescaldo-e-os-residuos-artigo-de-beatriz-carvalho-diniz/.

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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Sistemática Vegetal - Introdução


“... Caracteres que, segundo os naturalistas, mostram uma verdadeira afinidade entre duas ou mais espécies são aqueles que foram herdados de um ancestral em comum, portanto toda classificação verdadeira é genealógica”.
Charles Darwin 1859: 391



A sistemática vegetal desempenha um papel de importância capital em favor das ciências que lidam com as plantas.   Determinando os nomes com que são conhecidas internacionalmente milhares de espécies vegetais, estudando sua distribuição, indicando suas propriedades, acertando suas relações existentes entre grupos taxonômicos e outros pontos de interesse; sua influência manifesta os domínios da botânica.

O que queremos dizer com vegetais?

Vídeo do Crescimento de uma planta - Espetacular


Uma prova da existência de Deus.


https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=D0I1LbX4YD0



Bom espetáculo!!!!



JC,

sábado, 1 de março de 2014

Blog Biologia

Boa tarde!!!!!

Iniciarei postagem de artigos sobre biologia, espero que gostem.

Postarei também cursos rápidos na área da saúde: Laboratório e Banco de Sangue.